16 de agosto de 2012

Manaus: Peixes são jogados no lixo






Os pescadores do Amazonas se utilizam de meios rudimentares para pescarem os peixes que alimentam a população de Manaus. São barcos de madeira com motores a diesel. As geladeiras que armazenam os peixes, também são de madeira e é com o gelo que os peixes são conservados. Para apreender os peixes são utilizadas redes apropriadas para esta atividade.
Em época de vazante dos rios, os pescadores se deslocam para os municípios ricos em pescado. É dificultoso, pois os barcos navegam contra a correnteza (velocidade de descida das águas dos rios), que em alguns deles é muito forte. A vantagem é que ao se depararem com um cardume de peixes, em apenas um lance de rede é suficiente para abastecer as geladeiras de um barco e às vezes ainda sobram peixes que são devolvidos ao rio. Estou falando de peixes pequenos (jaraqui, sardinha, pacu, aracu, curimatã, entre outros). Os peixes maiores como o tambaqui é um pouco mais difícil.
Com a geladeira abastecida, os barcos retornam à capital, mas como Cristo é brasileiro, são favorecidos pela correnteza dos rios, tornando a viagem muito mais rápida e com menor custo que na ida.
Veja que o pescador apreendeu os peixes, armazenou e transportou-os para a capital, porém não se preocupou com o tamanho dos peixes, ou seja, não os selecionou. Esta condição implica na dificuldade de vender o pescado, pois os peixes muito pequenos ninguém quer comprar, devido ser trabalhoso tratá-lo e o rendimento é muito baixo. Não havendo procura pelos peixes, devido seu tamanho e preço exorbitante o peixe estraga, é claro. Os pescadores têm pensamentos de capitalistas preferem perder tudo menos baixar o preço. Na minha visão, retirar os peixes do seu habitat natural e deixa-los apodrecer é crime. Com a palavra as autoridades competentes.

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