Os pescadores do
Amazonas se utilizam de meios rudimentares para pescarem os peixes que
alimentam a população de Manaus. São barcos de madeira com motores a diesel. As
geladeiras que armazenam os peixes, também são de madeira e é com o gelo que os
peixes são conservados. Para apreender os peixes são utilizadas redes
apropriadas para esta atividade.
Em época de
vazante dos rios, os pescadores se deslocam para os municípios ricos em pescado.
É dificultoso, pois os barcos navegam contra a correnteza (velocidade de
descida das águas dos rios), que em alguns deles é muito forte. A vantagem é
que ao se depararem com um cardume de peixes, em apenas um lance de rede é
suficiente para abastecer as geladeiras de um barco e às vezes ainda sobram
peixes que são devolvidos ao rio. Estou falando de peixes pequenos (jaraqui,
sardinha, pacu, aracu, curimatã, entre outros). Os peixes maiores como o
tambaqui é um pouco mais difícil.
Com a geladeira
abastecida, os barcos retornam à capital, mas como Cristo é brasileiro, são favorecidos
pela correnteza dos rios, tornando a viagem muito mais rápida e com menor custo
que na ida.
Veja
que o pescador apreendeu os peixes, armazenou e transportou-os para a capital,
porém não se preocupou com o tamanho dos peixes, ou seja, não os selecionou.
Esta condição implica na dificuldade de vender o pescado, pois os peixes muito
pequenos ninguém quer comprar, devido ser trabalhoso tratá-lo e o rendimento é
muito baixo. Não havendo procura pelos peixes, devido seu tamanho e preço exorbitante o peixe estraga, é claro. Os pescadores têm pensamentos de
capitalistas preferem perder tudo menos baixar o preço. Na minha visão, retirar
os peixes do seu habitat natural e deixa-los apodrecer é crime. Com a palavra
as autoridades competentes.
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