20 de agosto de 2012

Brasil: avaliação da educação







 
A última avaliação dos índices educacionais feita pelo Ideb neste ano aqui no Brasil foi preocupante e deixou as autoridades de orelhas em pé, já que em algumas regiões o índice ficou muito abaixo do esperado. De um lado os discentes se queixam dos docentes; este das esferas estaduais, municipais e federais porque não investem na educação e o salário está defasado; já o governo se queixa de ambos.
Quanto aos discentes, Paulo Freire afirmou categoricamente: “o ato de estudar requer muito esforço”. De fato, você não deve reclamar do professor, governo, se o transporte coletivo é deficiente, se estuda de dia ou à noite. É o seu futuro que está em jogo. É certo que alguns estabelecimentos de ensino colocam a carroça na frente de burros. Tome uma atitude. Eu, por exemplo, abandonei um curso universitário porque ensinavam o que eu não queria aprender.
Da mesma forma para os docentes. Os profissionais mais solicitados são os bons, porém, raros. Já que o governo não investe no aperfeiçoamento dos mestres, são eles que têm que assumir esta responsabilidade. Não basta baixar conteúdos gratuitos da web, que nem sempre são bons, e repassar aos alunos. É necessária muita dedicação.
O Estado abriu as portas do ensino em todas as suas fases para a iniciativa privada e criou outros programas como o PROUNI para atender as classes menos favorecidas. Isto é muito bom. Foram inaugurados inúmeros estabelecimentos de ensino em todos os níveis, mas a qualidade é duvidosa, senão o resultado da avaliação seria satisfatório. Assim, cabe ao Estado investir mais na educação em todos os aspectos e fiscalizar todos os cursos. Não aquela fiscalização que os estabelecimentos enviam ao MEC, pois o papel aceita tudo, e sim, a in loco, principalmente nos estabelecimentos privados.

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