23 de maio de 2014

Manaus, transporte coletivo: uma angústia


Os Sindicatos dos Rodoviários no Brasil estão abusando da paciência do povo e desrespeitando as autoridades. Numa audiência de conciliação em SP entre sindicato dos rodoviários X sindicato patronal, uma magistrada resumiu muito bem a relação: “existem empresas de transporte coletivo porque existem passageiros”. Certíssima àquela autoridade. Porém, não há respeito mútuo entre as partes. De SP acompanhamos pouco essas ocorrências, mas de Manaus, onde vivemos, sabemos muito mais, por exemplo, nunca foi divulgada para o público a movimentação financeira das empresas que operam neste ramo. Nenhuma autoridade obrigou-os a fazê-lo. Desse modo não sabemos se há lucro ou não nessa atividade. Porque se não há, largue o rabo do gato. Mas pelo que vemos há lucro sim, pois estão todos seguros no rabo do gato.
Há algum tempo os sindicalistas de Manaus pararam o sistema várias vezes, alegando que o patronal não depositava o FGTS e nem repassava os descontos do INSS para os devidos órgãos há anos, dos trabalhadores do sistema. Da mesma forma, mais recente, o sistema parou por alegação do não pagamento da PLR de também, acordos firmados muito tempo atrás. Eu me pergunto: onde estava o Sindicato que há anos está no poder, que não observou o acúmulo de encargos devidos aos seus associados? Semana passada a Senadora pelo Amazonas Vanessa Graziotin expôs no Senado a situação do transporte público de Manaus, que à revelia outro Senador ligado a sindicato patronal de transporte, contestou o pronunciamento da sua colega, afirmando que sua entidade estava em dias com os encargos dos rodoviários. Será verdade? Se for, qual o motivo de tantas paralizações. Uma coisa é certa: a paciência do povo, que é o prejudicado, está esgotada. E temos experiência do passado do que poderá ocorrer se esses movimentos continuarem. O povo, imprensa e demais autoridades deve se unir para acabarmos com esse abuso.

Finalizando, só Assembleia Geral de trabalhadores tem poder para destituir uma Diretoria Sindical. A diretoria do sindicato sabe dessa manobra, os amigos sindicalizados, não.

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