Os
Sindicatos dos Rodoviários no Brasil estão abusando da paciência do povo e
desrespeitando as autoridades. Numa audiência de conciliação em SP entre
sindicato dos rodoviários X sindicato patronal, uma magistrada resumiu muito
bem a relação: “existem empresas de transporte coletivo porque existem passageiros”.
Certíssima àquela autoridade. Porém, não há respeito mútuo entre as partes. De
SP acompanhamos pouco essas ocorrências, mas de Manaus, onde vivemos, sabemos muito
mais, por exemplo, nunca foi divulgada para o público a movimentação financeira
das empresas que operam neste ramo. Nenhuma autoridade obrigou-os a fazê-lo.
Desse modo não sabemos se há lucro ou não nessa atividade. Porque se não há,
largue o rabo do gato. Mas pelo que vemos há lucro sim, pois estão todos
seguros no rabo do gato.
Há
algum tempo os sindicalistas de Manaus pararam o sistema várias vezes, alegando
que o patronal não depositava o FGTS e nem repassava os descontos do INSS para
os devidos órgãos há anos, dos trabalhadores do sistema. Da mesma forma, mais
recente, o sistema parou por alegação do não pagamento da PLR de também,
acordos firmados muito tempo atrás. Eu me pergunto: onde estava o Sindicato que
há anos está no poder, que não observou o acúmulo de encargos devidos aos seus
associados? Semana passada a Senadora pelo Amazonas Vanessa Graziotin expôs no
Senado a situação do transporte público de Manaus, que à revelia outro Senador
ligado a sindicato patronal de transporte, contestou o pronunciamento da sua
colega, afirmando que sua entidade estava em dias com os encargos dos
rodoviários. Será verdade? Se for, qual o motivo de tantas paralizações. Uma
coisa é certa: a paciência do povo, que é o prejudicado, está esgotada. E temos
experiência do passado do que poderá ocorrer se esses movimentos continuarem. O
povo, imprensa e demais autoridades deve se unir para acabarmos com esse abuso.
Finalizando,
só Assembleia Geral de trabalhadores tem poder para destituir uma Diretoria
Sindical. A diretoria do sindicato sabe dessa manobra, os amigos
sindicalizados, não.